Lovelace, a filha de uma época ainda caracterizada por uma religiosidade extrema
e penetrante que governava quase todos os aspectos da vida pública e privada,
considera a qualidade espiritual da ciência, inseparável do ensino da filosofia (na
época, religiosa).

"Agora sou mais do que nunca a noiva da ciência. Religião para mim é ciência,
e ciência é religião. Nessa verdade profundamente sentida reside o segredo
da minha intensa devoção à leitura das obras naturais de Deus ... E quando
contemplo os filósofos científicos e os chamados filósofos cheios de sentimentos
egoístas e de tendência à guerra contra as circunstâncias e a Providência, digo
para mim mesma: eles não são verdadeiros sacerdotes, são apenas profetas -
se não absolutamente falsos. Eles leram a grande página simplesmente com
os olhos físicos e sem o espírito interno. O intelectual, o moral, o religioso
parecem-me todos naturalmente ligados e interligados em um todo grande
e harmonioso ... Há muita tendência a formar agrupamentos separados e

independentes dos fatos físicos e morais do universo."

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